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Solda, pintura e montagem final de vagões e trailers em uma única linha

A fabricante brasileira Randon recentemente instalou, no estado de São Paulo, uma linha combinada de solda, pintura e montagem final de vagões ferroviários e implementos rodoviários, de mais de 500 m de comprimento. De maneira a atender aos tempos de ciclo individualizados a Vollert desenvolveu um conceito de fluxo para matérias pesados composto por 13 transportadores de tração por cabo, duas plataformas de transferência distribuidoras e todo o sistema de controle.

A nova linha de produção da Randon, a maior fabricante de implementos rodoviários da América-latina, foi instalada na cidade de Araraquara, aproximadamente 270 km a noroeste de São Paulo, juntamente com a especialista em linhas de pintura Eisenmann. Desde abril de 2018, em uma linha de aproximadamente 500 de comprimento, são combinadas as operações de solda, pintura e montagem final de carretas e vagões, de variados comprimentos, entre 9 e 22 m. Entre o portfólio de produtos ofertados pela Randon pertencem, entre outros, semirreboques canavieiros extragrandes. "O interessante nesse conceito é a combinação das diferentes etapas de trabalho - solda, pintura e montagem - em uma linha de avanço contínuo, de maneira a possibilitar tempos de ciclo curtos e uma capacidade de produção assertiva de 18 vagões por turno de trabalho. " relata Jochen Keinath, gerente de projetos da Vollert. "Apesar de se tratar de uma linha contínua, graças aos acionamentos individuais dos transportadores são possíveis tempos de produção individuais, nas diferentes estações de trabalho." reforça Wesley Gomes, sócio diretor da Vollert do Brasil. Em capacidade máxima, vagões e carretas podem ser produzidos a cada meia hora.

13 transportadores de tração por cabo combinados em uma só linha

No início do processo os movimentos de avanço se dão com o auxílio de Dummy-Buggies de apoio, que são introduzidos à linha ainda de forma manual. A linha de transporte automático da Vollert inicia-se dentro da área de soldagem, transportando cargas de 10 toneladas e, ao final, o peso total das carcaças passa a ser de até 25 toneladas. No total, 13 transportadores de tração por cabo se encarregam do transporte dos Buggies entre as etapas de trabalho, sendo que seus motores são sequenciados de maneira a possibilitar o avanço através das diferentes estações, em função das ordens de trabalho recebidas. No final de cada seção de transporte, o sistema traciona a peça em trabalho até a seguinte. "Em vez de um único sistema de tração para toda a linha de transporte, o conceito de acionamento individualizado permite tempos de permanência independentes, das peças em trabalho, nas diferentes estações. " esclarece Jochen Keinath." Ademais, antes da área de pintura subsequente, há também cinco estações de buffer".

Distribuição automática na área de pintura e montagem

O setor de pintura tem aproximadamente 190 m de comprimento. No início dessa linha está instalado um buffer de distribuição com cinco posições de estacionamento e uma plataforma de transferência para cargas pesadas, que distribui as carretas e vagões de acordo com as requisições de produção. Após a entrada das peças em trabalho na cabine de jateamento robotizada, os avanços subsequentes passam a se dar novamente pelos transportadores de tração por cabo, através das cabines de pintura e secagem. Ao final desses processos encontram-se ainda mais duas estações de buffer e outra plataforma de transferência. A partir da plataforma o sistema de transporte se estende por duas linhas de montagem paralelas, cada uma com aproximadamente 90 m de extensão, para a montagem dos eixos e material rodante nas carretas e vagões. No planejamento está ainda prevista a duplicação do setor de pintura que, sob demanda, poderá também contar com duas linhas de transporte paralelas.

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